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Produtores Rurais alertam sobre os reflexos do “pós-inundação” da Barragem Rio Colônia

Preocupados com os reflexos que o período pós-inundação trará à população que habita o entorno da Barragem Rio Colônia, em Itapé, produtores rurais se reuniram com o prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, para obter informações oficiais sobre o empreendimento e solicitar apoio na interlocução junto ao Governo do Estado.

A conclusão da obra é apontada como a solução para o grave problema hídrico de Itabuna, um sonho de cerca de 250 mil pessoas que residem não só em Itabuna, mas também em Itapé, mas o fato é que paralelo aos benefícios do empreendimento, também existem preocupações da comunidade regional que precisam ser pensadas e dissolvidas pelas autoridades competentes.

Produtores que residem em Itabuna e logicamente convivem com a crise hídrica, mas que também possuem propriedades na área da barragem são unânimes ao reconhecer a importância da obra, mas também ressaltam ser dever do Estado suprir todas as demandas socioeconômicas que a construção gerar.

O presidente da Associação dos Agropecuaristas do Sul da Bahia (ADASB), Elder Fontes, lembra que a Barragem Rio Colônia irá regularizar a vazão dos rios Cachoeira e Colônia e abastecer Itapé e Itabuna com água de qualidade por muitos anos, mas frisa ser preciso uma atenção redobrada com os reflexos do período pós-inundação.

“Nós produtores estávamos precisando de uma voz junto ao Governo do Estado, inclusive para obter informações oficiais, e o prefeito Fernando Gomes será esta voz”, disse Elder Fontes. O vice-presidente Edimar Margotto Jr complementa assinalando alguns dos reflexos da obra que poderão resultar em problemas e afetar diretamente a comunidade regional.

“Dificuldades no escoamento da produção, impedimento da livre circulação de coisas e pessoas por conta da necessidade de mudar o curso de estradas; colapso na rede elétrica; e o isolamento de comunidades, inclusive com o impedimento de crianças frequentarem as escolas”.

Preparo

O produtor rural Ricardo Coelho Lima se mostra preocupado com a quantidade de problemas que poderão surgir e chama a

atenção das autoridades competentes para que elas estejam preparadas para enfrentar estes problemas. Do mesmo modo o produtor rural João Francisco de Oliveira Nunes externa sua inquietação. “Aguardamos ansiosos a conclusão das obras da barragem com os benefícios que ela trará à população que habita seu entorno, mas com as devidas correções em relação aos acessos, rede elétrica e outros ajustes que se fizerem necessários”, reforça.

O produtor Pedro Alberto Fontes complementa citando a necessidade urgente de obras complementares como, por exemplo, construção de novas estradas e pontes de acesso às fazendas e comunidades distantes, e não apenas a construção de uma única via.

“Se não construírem novas estradas e redes de energia elétrica, por exemplo, haverá o isolamento de várias comunidades e de propriedades que dependem de vias com acesso para caminhões de grande porte para continuar suas atividades rurais”, finalizou o diretores da ADASB Carlos Alberto Dantas e Bruno Veloso.

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